O Seade Trabalho analisa a evolução do mercado de trabalho no Estado de São Paulo, em suas regiões e municípios. A cada mês atualizamos a movimentação dos empregos formais, por meio de dados das empresas constantes no Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Trimestralmente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), produzida pelo IBGE a partir de informações domiciliares, permite estimar a desocupação, a subutilização da força de trabalho, os rendimentos do trabalho e outras formas de ocupação da população de São Paulo.

Estado de São Paulo

Diferenças regionais no mercado de trabalho paulista

Os dados da PNAD Contínua podem ser analisados a partir de dez estratos geográficos do Estado de São Paulo. As regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas são iguais à sua regionalização oficial. Já a RM de São Paulo é desagregada em Capital e Entornos Metropolitanos Oriental e Ocidental. Os demais estratos – Vale do Paraíba, Central, Noroeste, Sudoeste e Sudeste – agregam mais de uma região administrativa, com pequenas diferenças na sua composição, mas permitindo mostrar as diferentes situações do mercado de trabalho paulista.

Estratos geográficos, regiões administrativas e regiões metropolitanas

Taxas de desocupação

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 4o trim.2019-1o trim.2023, em %

Em todos os estratos geográficos, a taxa de desocupação do 1o trim. de 2023 foi inferior à do 4o trim. de 2019, período pré-pandemia. As maiores reduções ocorreram nas regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Capital e Sudeste do Estado. Com taxas superiores à média do Estado no 1o trim. de 2023 (8,5%), destacam-se o Entorno Metropolitano Oriental (13,8%) e a Baixada Santista (11,7%). Já as menores taxas foram as das regiões Noroeste (4,6 %), Campinas (6,6%), Sudeste (6,6%) e Sudoeste (6,8%).

Nível de ocupação (1)

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 4o trim.2019-1o trim.2023, em %

Embora o número de ocupados no Estado tenha aumentado em 751 mil pessoas no período analisado, em apenas três regiões o nível de ocupação foi maior no 1o trim. de 2023 em relação ao 4o trim. de 2019: Capital e regiões de Campinas e Sudoeste do Estado, que responderam pela geração de 625 mil ocupações, ou 83% do total do Estado. Já as regiões da Baixada Santista e a Central perderam 138 mil e 53 mil ocupados, respectivamente, apresentando, junto ao Entorno Metropolitano Oriental, os menores níveis de ocupação no 1o trim. de 2023.
(1) Porcentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar (14 anos e mais).

Taxas de participação (1)

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 4o trim.2019-1o trim.2023, em %

Outra variável que explica as variações da taxa de desocupação é a taxa de participação, que mostra a pressão das pessoas que participam ativamente do mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas. Essa taxa diminuiu para o Estado de SP e para quase todas as regiões no período considerado, com exceção do Sudoeste. Apenas Campinas, Entornos Metropolitanos Ocidental e Oriental e Capital registraram taxas superiores à do Estado (66,6%), nas demais regiões as taxas de participação foram inferiores à do Estado.
(1) Porcentual de ocupados e desempregados em relação à população em idade de trabalhar (14 anos e mais).
Fonte: IBGE. PNAD Contínua por estratos; Fundação Seade.

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