O Seade Trabalho analisa a evolução do mercado de trabalho no Estado de São Paulo, em suas regiões e municípios. A cada mês atualizamos a movimentação dos empregos formais, por meio de dados das empresas constantes no Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Trimestralmente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), produzida pelo IBGE a partir de informações domiciliares, permite estimar a desocupação, a subutilização da força de trabalho, os rendimentos do trabalho e outras formas de ocupação da população de São Paulo.

Estado de São Paulo

Aumenta a ocupação na RMSP e diminui no interior

Número de pessoas ocupadas

Estratos geográficos do Estado de São Paulo, 1º trim.2024-1º trim.2025, em mil

No 1º trimestre de 2025, o contingente de ocupados no Estado correspondia a 25,0 milhões de pessoas, com ligeiro decréscimo de 0,3% em relação ao 4o trimestre de 2024. À variação positiva de 43 mil empregos na RMSP se contrapôs uma redução de 122 mil no interior, principalmente nas regiões de Campinas (-103 mil), Baixada Santista (-65 mil) e Sudoeste (-65 mil), com aumento de 130 mil empregos na região Central. Na comparação com o 1o trimestre de 2024, a ocupação aumentou 3,1% (754 mil), sendo que a RMSP respondeu por 2/3 desse crescimento (500 mil) e o interior por 1/3 (254 mil). Destacam-se os resultados positivos na Capital (339 mil) e nas regiões Noroeste (281 mil), Sudeste (203 mil) e Central (166 mil). As maiores reduções foram registradas na Baixada Santista (-133 mil), Campinas (-128 mil) e Vale do Paraíba e Litoral Norte (-124 mil).

Taxas de desocupação

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 1º trim.2024-1º trim.2025, em %

A taxa de desocupação no Estado de São Paulo ficou em 6,2%, no 1o trimestre de 2025, a menor da série da pesquisa iniciada em 2012, para esse período do ano. A pequena variação em relação à taxa no 4o trimestre de 2024 (5,9%) decorreu dos aumentos nas regiões Entorno Metropolitano Oriental (1,2 p.p.), Entorno Metropolitano Ocidental (0,8 p.p.), Sudoeste (1,2 p.p.) e Vale do Paraíba e Litoral Norte (1,1 p.p.). Entre o 1o trimestre de 2024 e o 1o de 2025, a taxa de desocupação retraiu-se de 7,4% para 6,2%, em decorrência de decréscimo em todas as regiões, com exceção da Baixada Santista, que registrou aumento de 0,4 p.p.

Taxas compostas de subutilização da força de trabalho

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 1º trim.2024-1º trim.2025, em

Além dos desocupados, a taxa composta de subutilização da força de trabalho inclui os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e as pessoas que, mesmo não estando ocupadas ou
desocupadas, procuraram trabalho, mas não estavam disponíveis para trabalhar e aquelas que não procuraram, mas gostariam de trabalhar e tinham disponibilidade para isso. No 1º
trimestre de 2025 havia 1,7 milhão de desocupados e 3,3 milhões de pessoas na condição de subutilização no Estado de São Paulo. No 1º trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (12,1%) ficou ligeiramente superior àquela registrada do 4o trimestre de 2024 (11,8%), mas diminuiu 2,2 p.p. em relação à do 1o trimestre de 2024 (14,3%). A redução, neste caso, decorreu de decréscimo em quase todas as regiões, em especial na Capital (-3,3 p.p.), na Baixada Santista (-5,4 p.p.), Noroeste (-4,4 p.p.) e Vale do Paraíba e Litoral Norte (-3,1 p.p.). Houve pequeno aumento na região Sudoeste (0,4 p.p.).

Taxas de participação

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 1º trim.2024-1º trim.2025, em %

A taxa de participação – proporção de ocupados e desocupados em relação às pessoas com 14 anos ou mais de idade – permaneceu estável no Estado de São Paulo entre o 4º trimestre de 2024 e o
1º de 2025 (de 67,1% para 67,0%). Destacam-se o aumento no Entorno Metropolitano Ocidental (3,2 p.p.) e o decréscimo na Baixada Santista (-3,9 p.p.) e Sudoeste (-2,8 p.p.). Na comparação com o 1o trimestre de 2024, a ampliação da taxa de participação (de 66,3% para 67,0%) deveu-se às regiões Noroeste (4,1 p.p.), Entorno Metropolitano Ocidental (3,3 p.p.), Central (2,4 p.p.), Sudoeste (1,6 p.p.) e Capital (1,3 p.p.).

Fonte: IBGE. PNAD Contínua; Fundação Seade.

Os dados da PNAD Contínua podem ser analisados a partir de dez estratos geográficos do Estado de São Paulo. As regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas são iguais à sua regionalização oficial. Já a RM de São Paulo é desagregada em Capital e Entornos Metropolitanos Oriental e Ocidental. Os demais estratos – Vale do Paraíba, Central, Noroeste, Sudoeste e Sudeste – agregam mais de uma região administrativa, com pequenas variações na sua composição, mas permitindo mostrar as diferentes situações do mercado de trabalho paulista.

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