O Seade Trabalho analisa a evolução do mercado de trabalho no Estado de São Paulo, em suas regiões e municípios. A cada mês atualizamos a movimentação dos empregos formais, por meio de dados das empresas constantes no Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Trimestralmente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), produzida pelo IBGE a partir de informações domiciliares, permite estimar a desocupação, a subutilização da força de trabalho, os rendimentos do trabalho e outras formas de ocupação da população de São Paulo.

fevereiro.2021

Emprego formal estável em 2020

Em dezembro, 39 mil empregos a menos

Entre novembro e dezembro, o emprego formal mostrou relativa estabilidade (-0,3%) no Estado de São Paulo, evolução similar à registrada para o Brasil (-0,2%). As 419 mil admissões ocorridas no Estado foram inferiores aos 458 mil desligamentos, o que resultou na redução de 39 mil empregos, 57,0% do total do país (-68 mil).

De janeiro a dezembro, o número de empregos formais no Estado permaneceu estável (-1 mil postos de trabalho), enquanto para o total do Brasil houve pequeno acréscimo de 0,4% (143 mil). O total de ocupados celetistas no Estado manteve-se em 12 milhões (31% do total do país).As variações negativas no emprego nos serviços (-42 mil), no comércio (-29 mil) e na indústria (-7 mil)
foram compensadas pelas variações positivas na agricultura (46 mil) e na construção (31 mil).

A utilização do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda foi importante para a relativa estabilidade do emprego formal em 2020 no Estado de São Paulo. Entre abril e dezembro, foram registrados 6,4 milhões de acordos, alcançando 3,2 milhões de trabalhadores (26% dos celetistas). Note-se que 2,7 milhões dos acordos (41,4%) envolveram a suspensão do contrato de trabalho e para 1,2 milhão houve redução de 70% da jornada de trabalho.

No ano, saldos positivos ocorreram em 11 regiões do Estado de São Paulo, com destaque para a RA de Bauru (7 mil) e a RA de São José do Rio Preto (5 mil), enquanto as maiores reduções do nível de emprego foram observadas no Município de São Paulo (-15 mil) e nas RAs de São José dos Campos (-10 mil) e Santos (-9 mil).

Variação relativa dos empregos com carteira assinada, entre janeiro e dezembro 2020

Unidades da federação, em %

Variação absoluta do emprego formal

Estado de São Paulo, em números absolutos

Saldo de empregos por regiões administrativas, Município de São Paulo (MSP) e demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP-MSP)

Fonte: Ministério da Economia. Sistema de Escrituração das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); Fundação Seade.
Nota: O estudo sobre mercado de trabalho utiliza os dados da movimentação de empregados celetistas do eSocial e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Novo Caged coletados pelo Ministério da Economia e divulgados no dia 28 de janeiro de 2021. Para as unidades da federação e regiões foram utilizados dados com ajustes até novembro e os estoques de empregados de 01/01/2020. Todas as movimentações com a variável tipo de estabelecimento igual a 3 (CAEPF – Cadastro de Atividade Econômica Pessoa Física), foram alocadas ao Município de São Paulo. As agregações regionais foram elaboradas pela Fundação Seade.
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