O Seade Trabalho analisa a evolução do mercado de trabalho no Estado de São Paulo, em suas regiões e municípios. A cada mês atualizamos a movimentação dos empregos formais, por meio de dados das empresas constantes no Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Trimestralmente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), produzida pelo IBGE a partir de informações domiciliares, permite estimar a desocupação, a subutilização da força de trabalho, os rendimentos do trabalho e outras formas de ocupação da população de São Paulo.

outubro.2023

Estado de São Paulo

Redução do desemprego em quase todas as regiões

Taxas de desocupação

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 2o trim.2022-2o trim.2023, em %

Em quase todos os estratos geográficos do Estado de São Paulo, a taxa de desocupação do 2o trimestre de 2023 foi inferior à do 2o trimestre de 2022, com exceção da Capital e da Baixada Santista. As maiores reduções ocorreram nas regiões do Entorno Metropolitano Ocidental, Sudoeste, Noroeste e Sudeste. Com taxas superiores à média do Estado no 2o trimestre de 2023 (7,8%), destacam-se o Entorno Metropolitano Oriental (11,2%), a Baixada Santista (9,9%) e a Capital (9,1%). Já as menores taxas foram as das regiões Noroeste (4,0%), Sudoeste (5,7%), Sudeste (6,1%), Campinas (6,7%) e Central (6,8%).

Número de pessoas ocupadas

Regiões e estratos geográficos, 2o trim.2022-2o trim.2023, em mil

O contingente de ocupados no Estado, no 2o trimestre de 2023, correspondia a 23,9 milhões de pessoas, 133 mil a mais que no 2o trimestre de 2022. Esse desempenho foi resultado da relativa estabilidade na RMSP (-0,1%) – com desempenho semelhante da Capital (-0,2%), aumento no Entorno Metropolitano Ocidental (2,7%) e retração no Entorno Metropolitano Oriental (-1,3%) –, e do crescimento nas demais regiões, à exceção do Sudoeste, que apresentou retração de 4,6%. Merece destaque a ampliação do número de pessoas ocupadas nas regiões de Campinas (5,3%), Sudeste (2,1%) e Vale do Paraíba e Litoral Norte (2,1%).

Taxas de participação (1)

Estado de São Paulo e estratos geográficos, 2o trim.2022-2o trim.2023, em %

(1) Porcentual de ocupados e desempregados em relação à população em idade de trabalhar (14 anos e mais).

 
O aumento do número de pessoas ocupadas explica apenas parte da redução quase generalizada das taxas de desocupação entre o 2o trimestre de 2022 e o de 2023 no Estado de São Paulo. Outro componente refere-se ao comportamento das taxas de participação ou de atividade – proporção de ocupados e desocupados em relação às pessoas em idade ativa –, que apresentou retração em quase todas as regiões do Estado, com exceção de Campinas e da Baixada Santista.

Número de pessoas fora da força de trabalho

Regiões e estratos geográficos, 2o trim.2022-2o trim.2023, em mil

Fonte: IBGE. PNAD Contínua por estratos; Fundação Seade.

 
Quando as pessoas abandonam a força de trabalho e vão para a inatividade, elas diminuem a pressão sobre o mercado de trabalho e contribuem para a redução da taxa de desocupação. Entre o 2o trimestre de 2022 e o de 2023, 626 mil pessoas saíram da força de trabalho e ampliaram o contingente de inativos em 5,0% no Estado de São Paulo. Desse total, a RMSP contribuiu com 249 mil pessoas (4,4%) e as demais regiões com 377 mil (5,5%), entre essas, destaque para as regiões Sudeste (12,6%), Noroeste (11,3%), o Entorno Metropolitano Oriental (8,7%) e a região Central (5,8%).
 
Os dados da PNAD Contínua podem ser analisados a partir de dez estratos geográficos do Estado de São Paulo. As regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas são iguais à sua regionalização oficial. Já a RM de São Paulo é desagregada em Capital e Entornos Metropolitanos Oriental e Ocidental. Os demais estratos – Vale do Paraíba, Central, Noroeste, Sudoeste e Sudeste – agregam mais de uma região administrativa, com pequenas variações na sua composição, mas permitindo mostrar as diferentes situações do mercado de trabalho paulista.

Estratos geográficos, regiões administrativas e regiões metropolitanas

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